sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fernando Pessoa

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas
que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos
que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas
dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo
vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que
trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar
cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- "Quem são aquelas pessoas?"
Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!
"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha
vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um
último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em
diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua
vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos
os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

domingo, 5 de setembro de 2010

O regresso!!

Já não me lembro quando foi a última vez que relatei as minhas aventuras neste espaço, mas este Verão muito boa gente apontou-me esta falha... E como lhe havia prometido, vou voltar a escrever neste espaço com maior perioricidade, espero eu!!!!...

Este Verão foi um muito divertido, quase como nos velhos tempos de estudante..., talvez porque em 2009 não tive a oportunidade de o viver na graciosa. Tenho a certeza que esta ausência me fez mais sensível e valorizar mais as coisas pequenas, as experiências, os cheiros e os sons dos Verões vividos na Graciosa.

1) Das longas tardes passadas na Calheta, quer seja a banhar me no mar ou nos raios de sol.
2) Das várias festas, dos largos minutos passados a comer uns bons petiscos, a beber umas quantas cervejas bem fresquinhas e a conversar com velhos amigos, e com velhos camaradas à muito desaparecidos na batalha da vida....
3) Da toura à corda de sexta-feira de Santo Cristo, em que a tripla habitual foi fulcral para o sucesso da tourada, nunca deixando os membros da tasca sem actividade das 17:30 até 22:00.
Mas, actividade continuou em outras "tascas" até as 7:00.
4) O programa Verão Total, uma chapada na face do resto do pais e um soco no estômago para as ilhas que gerem o arquipélago em regime colonial, onde se mostrou que na graciosa também vive gente.

Tanta outras coisas.... Foi excelente.... A única coisa que me impressionou pela negativa, foi a moda das "minis". Para onde eu ia lá estavam elas, as 200ml !!! Várias vezes questionei-me: "Porquê motivo deixaram as bebidas de Homem e passaram para... minis?!?!?!?!!!!??!?!?". Somente me deixei levar na onda quando não havia balas de maior calibre, sabendo que necessitaria de mais balas para abater o animal.

Depois de algumas semanas na Graciosa, o dever chamou-me, tive de passar uma semana no Japão em trabalho, no entanto ainda tive tempo para algum divertimento. Infelizmente como tinha prometido e imaginado não tomei banho nas águas castanhas e termais, mas tudo o resto correu às mil maravilhas.

A 1 do 9 regressei ao pequeno 203, o termómetro registou um diferença de menos 10ºC ao que eu tinha experimentado nas últimas semanas, mas o relógio acusava um diferença horária de mais 2 horas... Alguns dias para voltar à realidade....
Ontem fui dar uma volta e fiquei impressionado com muitas coisas novas, aprendi a fazer pipocas numa fogueira sem usar qualquer tipo de óleo (sempre a aprender). Hoje encontrei um casal de tugas e estivemos à conversa alguns minutos, mas de repente passou um carro e atirou um pêssego em velocidade torpedo para as pessoas que se encontravam no passeio. Basicamente um atentado, mas com um pêssego, só me apeteceu rir..... Isto fez-me recordar um dia de Setembro de 1999, ia eu e os meus colegas caloiros pelas ruas estreitas da ribeira do Porto a cantar depois de uma volta de barco no douro e uma prova de vinho nas caves de vinho do Porto. Na verdade não íamos a cantar, íamos a berrar e perfurar os timpanos de todos aqueles que se encontravam num raio de 50 metros. Motivo pelo qual uma Dona da ribeira atirou um balde de água de uma janela e um trolha atirou uma maçã. Ambos fizeram acompanhar os seus lançamentos, dignos de serem convocados para os jogos olímpicos, com uma rajada de palavrões capazes de perfurar a armadura mais dura...

Enfim, mais aventuras esperam-se para os próximos dias.